terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Noite de carnaval

Em uma noite alegre de carnaval, ele saiu pela rua sem lenço e sem documento, a fim de aproveitar o belo momento em que se passava a vida. Naquela noite ele poderia fazer de tudo, beijar seus amigos, abraçar as pessoas, cantar com o bloco e tocar com a banda. Tanto podia que o fez, além de tudo sorriu e gargalhou, bebeu e chorou, mas não o fez tudo sozinho, fez com seus amigos que lá estavam para acompanhá-lo, para tornar aquele momento inesquecível. Quando bebiam brindavam, à saudade, à felicidade, ao momento, à companhia, ao amor, a tudo que já acontecera e a tudo o que ainda há de vir. Momentos fantásticos, indescritíveis. O cachorro quente na praça, a mulher sem pudor que contava seus casos de amor, a longa viagem, a feijoada da mãe fantástica, a macarronada dos pais incríveis, a cerveja, o churrasco, o futebol, a cachoeira, o cágado, o sapo, e acima de tudo, os amigos. Amigos de uma amizade pura e sem igual. Companheiros do carnaval da vida, com seu samba enredo ecoando pela avenida, com seu bloco de foliões que vem e vão, mas que para sempre ficaram em seu coração.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Um dia andando pela rua eu a vi parada num bar,
Entrei para vê-la e pedi um conhaque para disfarçar
Tão linda ela era que não pude evitar,
Tomei meu conhaque e voltei a caminhar.

(texto escrito em 2006)