sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Chuva turva, durma bebê
Foi-se noite, acorda vem vê
Dia esfria, pega o colê
Passa café, livro pra lê.

sábado, 7 de novembro de 2009

Saudade

A noite veio e tomou conta do meu coração.
Este que de ateu passou a crer na paixão,
Que temeu no início por pensar ser ilusão,
Mas entregou-se, esquecendo a razão.

Em minha vida, tornou-se inspiração
Para a escrita da minha poesia é a própria mão
É meu orixá, meu buda, meu santo, minha religião
É o afago de que se necessita um aleijão.

É difícil explicar e impossível compreender,
Como fui gosta tanto, em tão pouco tempo, de você
Sentimento incomensurável e muito bom de ter.

A distância que nos separa não me deixa te ver.
Neste momento minh'alma alimenta algo, que não sei dizer,
Mas é isto que me dá forças e não me deixa te esquecer.

Às vezes....

Às vezes a gente chora
Às vezes a gente ri
Enche a cara, bebe até cair
Às vezes a gente quer voltar no tempo e fazer tudo diferente
Aí já não mais seriamos a gente
À vezes a gente tem que segurar a barra
Mas quem é que vai segurar a gente?
E quando a gente quer morrer, sumir
E ao mesmo tempo nascer, e ao invés de chorar, sorrir
Às vezes a gente quer que Deus e o Diabo se matem, simplismente
Para que, aí sim, possamos viver a vida da gente
Às vezes a gente quer ser poeta, escritor
Mas não passamos de alcoólatra, sonhador
Às vezes a gente lê poesias
Mas nos apaixonamos pela filosofia
Às vezes um filme conta a história da gente
Às vezes uma vida não é o suficiente
Às vezes eu gostaria de estar aí
Mas o que realmente quero é te ver por aqui
Imagine se todas as pessoas do mundo morressem derrepente
E nós vivessemos o tempo suficiente para uma última dose
Não sei você, mas eu brindaria a vida da gente
Brindaria por ter te conhecido
Brindaria por ter sido seu amigo...
Brindaria por morar tão longe e nunca ter te esquecido
Brindaria por saber que juntos iríamos morrer
Então, um brinde a você.